Alliye - Rosa E Azul (2022) [Hi-Res]
BAND/ARTIST: Alliye
- Title: Rosa E Azul
- Year Of Release: 2022
- Label: Arrebol Music
- Genre: Bossa Nova, MPB, Samba, World
- Quality: 16-bit/44.1kHz FLAC; 24-bit/48kHz FLAC
- Total Time: 55:25
- Total Size: 329; 654 MB
- WebSite: Album Preview
A produção de um primeiro álbum independente (Marítima, 2011) e a criação de um EP (Abantu, 2016) que mais lhe serviu como um laboratório musical, foram a travessia da artista, cantora, compositora e produtora independente, Alliye, que iniciou sua carreira na França em 2006, teve dois primeiros álbuns autorais na época, lançados na Europa por um selo francês (Naïve), recebendo as boas-vindas calorosas da mídia especializada e de um público nascente. Essa travessia foi também a do Atlântico, simbolizando à volta da artista, natural do Maranhão, ao seu país natal e um recomeço profissional depois de dez anos de vida em Paris.
Alliye nunca escolheu caminhos fáceis, e foi se guiando pela própria intuição que concebeu seu mais novo álbum autoral, Rosa e Azul (Arrebol Music, 2022), o qual conta com duas versões de clássicos da música brasileira em francês: "Les Eaux de Mars" ("Águas de Março", de Tom Jobim) é o primeiro single do álbum, e "Frisson" (Tunai/ Sérgio Natureza) feita à pedido do letrista desse hit que foi um dos maiores sucessos dos anos 80. O álbum é tecido por tramas de fios sintéticos da música eletrônica inspirada nos beats da periferia urbana brasileira que reúne todas as tribos, em especial a diversidade cultural invisibilizada.
Nessa nova aventura musical, Alliye se joga com criatividade na arquitetura de um álbum estruturado em beats e loops autorais que vão direto ao ponto. É onde floresce a voz da militante e ativista por direitos humanos na luta antirracista em faixas como "A Elite" e "Hospício Digital", na qual faz críticas poéticas às políticas bolsonaristas com propagação de discurso de ódio. Alliye também realiza provocações à uma indústria musical mercenária, celebrando sua autonomia artística e a autoestima da mulher negra nas faixas "Devagar e Sempre" e "Tudo se Renova". Observadora que é, escreve uma crônica sobre as relações humanas e de poder na faixa "O Dom da Vida". Em "Rosa e Azul", faixa que dá nome ao álbum, Alliye deixa transparecer desencontros e a solidão de quem tudo largou na busca de um amor que nunca veio, tendo apenas uma única referência de sua possível existência: um anel rosa e azul.
Baladas românticas com influência hip hop ("Ainda", "Amar Só Faz Bem" e "Approach") e outras mais ritmadas no funk carioca de batidão suave permeiam o álbum, como as faixas "Baile de Pretinha" e "Num Dia de Calor", um convite para degustar a vida como uma doce e brasileiríssima jabuticaba, colocando em evidência o poder sedutor da pele preta em trechos cantados em idioma francês: "T'as une peau noir comme la nuit..." (tens a pele escura como a noite...)/ "Tes lèvres ont le goût d'un fruit tropical..." (teus lábios têm o sabor de uma fruta tropical).
Engana-se quem pensa que o francês que surge no álbum é mero adereço linguístico e estético. O idioma está presente como uma maneira de mostrar que a diáspora afrodescendente dominou a linguagem do colonizador para sobreviver, nunca para se submeter às suas vontades sem reação, seja ela artística, social ou política. Há mesmo uma composição toda escrita na língua de Molière, "Mon Double", sobre uma ruptura amorosa em Paris e a visão afro-futurista de quem prefere suas raízes à uma vida de clichês românticos no estilo europeu. Na música "Sem Nenhum Pudor", a artista cheia de identidade, retorna com mais um trecho em francês, desta vez para dizer que se o amor quiser voltar nas condições de sua própria realidade, a moça volta sem mais promessas. De volta às raízes afrodescendentes, "Beira Mar", culto à ancestralidade é canto ecoando a luta antirracista, reverenciando Ogum Beira Mar (orixá) e as religiões de matriz africana incorporadas na cultura brasileira mais profunda.
Rosa e Azul é o álbum da realidade de uma artista que nunca abre mão de ser o que é apesar de todas as adaptações que as limitações da carreira independente lhe têm imposto ao longo dos anos. Ao mesmo tempo, Alliye desenvolve uma marca única, uma autonomia admirável tanto na execução técnica do seu próprio álbum, como em sua concepção artística e toda mão-de-obra que envolve sua existência na cena musical. É um olhar de 360 graus em todas as etapas de criação e lançamento que impulsiona essa artista multimídia em vôos ousados para a promessa de um futuro em que a liberdade musical e tecnologia digital que a ampara desconhecem limites.
https://www.alliye.com/rosaeazul/
Tracklist:
1.01 - Alliye - Rosa E Azul (3:36)
1.02 - Alliye - Sem Nenhum Pudor (3:17)
1.03 - Alliye - Tudo Se Renova (3:49)
1.04 - Alliye - Beira Mar (3:25)
1.05 - Alliye - A Elite (3:18)
1.06 - Alliye - Hospício Digital (3:40)
1.07 - Alliye - Mon Double (3:17)
1.08 - Alliye - Frisson (3:52)
1.09 - Alliye - Les Eaux De Mars (3:15)
1.10 - Alliye - Baile De Pretinha (2:57)
1.11 - Alliye - Num Dia De Calor (3:13)
1.12 - Alliye - Approach (3:26)
1.13 - Alliye - O Dom da Vida (3:40)
1.14 - Alliye - Amar Só Faz Bem (3:05)
1.15 - Alliye - Devagar E Sempre (3:12)
1.16 - Alliye - Ainda (4:23)
Alliye nunca escolheu caminhos fáceis, e foi se guiando pela própria intuição que concebeu seu mais novo álbum autoral, Rosa e Azul (Arrebol Music, 2022), o qual conta com duas versões de clássicos da música brasileira em francês: "Les Eaux de Mars" ("Águas de Março", de Tom Jobim) é o primeiro single do álbum, e "Frisson" (Tunai/ Sérgio Natureza) feita à pedido do letrista desse hit que foi um dos maiores sucessos dos anos 80. O álbum é tecido por tramas de fios sintéticos da música eletrônica inspirada nos beats da periferia urbana brasileira que reúne todas as tribos, em especial a diversidade cultural invisibilizada.
Nessa nova aventura musical, Alliye se joga com criatividade na arquitetura de um álbum estruturado em beats e loops autorais que vão direto ao ponto. É onde floresce a voz da militante e ativista por direitos humanos na luta antirracista em faixas como "A Elite" e "Hospício Digital", na qual faz críticas poéticas às políticas bolsonaristas com propagação de discurso de ódio. Alliye também realiza provocações à uma indústria musical mercenária, celebrando sua autonomia artística e a autoestima da mulher negra nas faixas "Devagar e Sempre" e "Tudo se Renova". Observadora que é, escreve uma crônica sobre as relações humanas e de poder na faixa "O Dom da Vida". Em "Rosa e Azul", faixa que dá nome ao álbum, Alliye deixa transparecer desencontros e a solidão de quem tudo largou na busca de um amor que nunca veio, tendo apenas uma única referência de sua possível existência: um anel rosa e azul.
Baladas românticas com influência hip hop ("Ainda", "Amar Só Faz Bem" e "Approach") e outras mais ritmadas no funk carioca de batidão suave permeiam o álbum, como as faixas "Baile de Pretinha" e "Num Dia de Calor", um convite para degustar a vida como uma doce e brasileiríssima jabuticaba, colocando em evidência o poder sedutor da pele preta em trechos cantados em idioma francês: "T'as une peau noir comme la nuit..." (tens a pele escura como a noite...)/ "Tes lèvres ont le goût d'un fruit tropical..." (teus lábios têm o sabor de uma fruta tropical).
Engana-se quem pensa que o francês que surge no álbum é mero adereço linguístico e estético. O idioma está presente como uma maneira de mostrar que a diáspora afrodescendente dominou a linguagem do colonizador para sobreviver, nunca para se submeter às suas vontades sem reação, seja ela artística, social ou política. Há mesmo uma composição toda escrita na língua de Molière, "Mon Double", sobre uma ruptura amorosa em Paris e a visão afro-futurista de quem prefere suas raízes à uma vida de clichês românticos no estilo europeu. Na música "Sem Nenhum Pudor", a artista cheia de identidade, retorna com mais um trecho em francês, desta vez para dizer que se o amor quiser voltar nas condições de sua própria realidade, a moça volta sem mais promessas. De volta às raízes afrodescendentes, "Beira Mar", culto à ancestralidade é canto ecoando a luta antirracista, reverenciando Ogum Beira Mar (orixá) e as religiões de matriz africana incorporadas na cultura brasileira mais profunda.
Rosa e Azul é o álbum da realidade de uma artista que nunca abre mão de ser o que é apesar de todas as adaptações que as limitações da carreira independente lhe têm imposto ao longo dos anos. Ao mesmo tempo, Alliye desenvolve uma marca única, uma autonomia admirável tanto na execução técnica do seu próprio álbum, como em sua concepção artística e toda mão-de-obra que envolve sua existência na cena musical. É um olhar de 360 graus em todas as etapas de criação e lançamento que impulsiona essa artista multimídia em vôos ousados para a promessa de um futuro em que a liberdade musical e tecnologia digital que a ampara desconhecem limites.
https://www.alliye.com/rosaeazul/
Tracklist:
1.01 - Alliye - Rosa E Azul (3:36)
1.02 - Alliye - Sem Nenhum Pudor (3:17)
1.03 - Alliye - Tudo Se Renova (3:49)
1.04 - Alliye - Beira Mar (3:25)
1.05 - Alliye - A Elite (3:18)
1.06 - Alliye - Hospício Digital (3:40)
1.07 - Alliye - Mon Double (3:17)
1.08 - Alliye - Frisson (3:52)
1.09 - Alliye - Les Eaux De Mars (3:15)
1.10 - Alliye - Baile De Pretinha (2:57)
1.11 - Alliye - Num Dia De Calor (3:13)
1.12 - Alliye - Approach (3:26)
1.13 - Alliye - O Dom da Vida (3:40)
1.14 - Alliye - Amar Só Faz Bem (3:05)
1.15 - Alliye - Devagar E Sempre (3:12)
1.16 - Alliye - Ainda (4:23)
Year 2022 | Bossa Nova | World | Latin | FLAC / APE | HD & Vinyl
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